quarta-feira, 1 de junho de 2011

O CIRCO NO BRASIL



No Brasil, mesmo antes do circo de Londres, já haviam os ciganos que vieram da Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo. Entre suas especialidades incluíam-se a doma de ursos, o ilusionismo e as exibições com cavalos. Há relatos de que eles usavam tendas e nas festas sacras, havia bagunça, bebedeira, e exibições artísticas, incluindo teatro de bonecos. Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados do programa.

O circo itinerante existe no Brasil a partir dos fins do século XIX. Desembarcavam em um porto importante, faziam seu espetáculo partiam para outras cidades, descendo pelo litoral. Instalando-se na periferia das grandes cidades e voltado para as classes populares, sua modernização não se deu em termos de espaços e equipamentos. Por isso, os palhaços são as figuras centrais, dependendo deles o sucesso do circo. O circo brasileiro modificou algumas atrações. O palhaço brasileiro falava muito, ao contrário do europeu, que era mais mímico.

O público também apresentava características diferentes: os europeus iam ao circo apreciar a arte. No Brasil, os números perigosos eram as atrações: trapézio, animais selvagens e ferozes. Surge um novo movimento, que pode ser chamado de Circo Contemporâneo. Não há uma data precisa do seu surgimento, mas pode-se dizer que o movimento começou no final dos anos 70, em vários países simultaneamente.

Na Austrália, com o Circus Oz (1978), e na Inglaterra, com os artistas de rua fazendo palhaçadas, truques com fogo, andando em pernas de pau e com suas mágicas. A primeira escola que se instalou no Brasil chamava-se Piolin, em São Paulo, no estádio do Pacaembu (1977). Atualmente temos muitas escolas no Brasil, como o Circo Escola Picadeiro, em São Paulo, formando o Circo Contemporâneo Brasileiro.

Atualmente existem mais de 2.000 circos espalhados pelo Brasil, sendo aproximadamente 80 médios e grandes, com trapézio de vôos, animais e grande elenco. Estima-se um público anual de 25 milhões de espectadores. Entre os problemas enfrentados nos dias de hoje estão os terrenos caros e há cidades que não permitem a montagem de circos, pois seus prefeitos  temem estes “forasteiros”.


Arrelia , Pimentinha e sua troupe.




Nenhum comentário:

Postar um comentário